
Repousas no leito da morte...
e eu durmo em nuvens escuras com vontade de fazer chover...
talvez com a chuva caias à terra e venha a ser a musa dos dias...
encantar com magia...
Repousas insegura...
sem saber o que temer...
sem saber por que esquina virar...
sem saber a quem amar...
Sofres mas nem sabes donde vem...
o teu coração doí...sentes nele a dor do mundo...
mas ele não bate...
é simplesmente uma caixinha de música...
precisa de ser aberta....
Repousas no mundo do silêncio...
o ruído consome-te as palavras...
Perdida...desenhas os contornos da vida...
desejando a morte...
ela não vem...
ela não vem....
o vento sopra...
não a deixa bater à porta...
Repousas numa cama qualquer...
torturas o corpo em sonhos...
despedaças a vontade...
e voas para longe....
mas asas não deixam...
cais por fim cansada da viagem...
do esforço da passagem...
Anjos seguram-te as mãos e fazem-te sentir única...
há uma missão a cumprir...
logo desces dos céus...
e a chuva começa de novo a cair...
o milagre da àgua e da vida recaiu sobre mim...
como o fundamental da vida....
repouso contigo onde quer que repouses...
seja no céu ou na terra...
ou na nuvem desvanescida
...[ há alturas em que deveria estar quieta antes de escrever...mas suponho que a minha inspiração perceba porque escrevi...não que o poema seja bom...mas porque desabafei..e em meias palavras traduzi sentimentos ]